E sem saber bem como já estamos em Maio! As plantações deste ano já se vêm nos campos e nos jardins e algumas até já estão a dar os seus frutos. Começa a abundância!
É sobre isso mesmo que vou falar hoje: o que cresce e o que já se come no jardim!
Este ano apliquei-me um pouco mais no jardim. Começei o ano a adubar e a preparar a terra para as plantações, tirei ervas daninhas e remexi a terra. As coisas não estão perfeitas, ou pelo menos como eu as gostaria de ter mas estão melhores.
O Inverno foi muito longo e as plantações em estufa não correram tão bem como o ano passado. O vento aqui na zona fez o favor de não só atirar com o algeroz ao chão como fez o favor de levantar a minha pequena estufa mais todos os vasos e pratos com sementes e atirá-la pelo terraço. Quando cheguei lá acima para ver os estragos os vasos estavam mesmo à entrada do terraço, perto das escadas, e a estufa literalmente aos pulos com o vento lá ao fundo do outro lado do terraço…
Sorte a minha que tenho uma estufa com vida!
Não sobrou muito dela para contar a história, só a parte estrutural e essa, sem os topos que lhe davam um aspecto de casota, está agora a fazer de prateleiras ali fora para os vasos. Nova vida… e está a andar!
Quanto às plantas… Este ano foram resultado de plantações do ano passado, plantas espontâneas e rebentos vindos do horto.
Tenho estado a comer os rebentos das couves que nasceram no jardim – fruto de alguma semente transportada pelo vento – , nastúrios, rúcula e alface. Os nastúrios e a rúcula foram plantados de semente, o primeiro no ano passado e a segunda este ano. A rúcula cresce muito rápida e facilmente e o nastúrio, assim que finalmente se estabelece no vaso, torna-se bastante resistente. As alfaces são do horto, compradas ainda em rebento mas já estão todas prontas a comer.
No caso da fruta já temos physals vindas de duas plantas que já estão carregadas de fruta. São rebentos espontâneos da planta mãe do ano passado (talvez?!). Este foi o ano da physalis pois entre rebentos que foram arrancados, dados e que estão no jardim havia um total de 10 plantas! Pelo que eu desconfio estas eram sementes já deitadas ao solo há algum tempo mas à medida que fui revirando o solo e adubando finalmente tiveram condições para germinar.
Os morangos já serviram para uma sobremesa mas são ainda dos morangueiros no ano passado. Este ano tenho muitos mais mas como ainda são pequenos ainda não têm morangos formados mas as flores estão bonitas!
De resto o que há mais para colher são as aromáticas. Quilos delas! Literalmente! A última recolha de cidreira deu 1,4 kg e foi só aparar as plantas! Não contei o que há para ali de hortelãs mas há muito também. Coentros, salsa, salva, bela-luísa (lúcia-lima), tomilho e alecrim já estão prontos para apanha ou uso imediato.
O resto está plantado e à espera: melâncias, pepinos, tomates, couves-de-bruxelas e beringelas. Também espero pelos mini-pêssegos, amoras, framboesas, ameixas e cerejas. Ah! E este ano vai haver azeitonas!
Um pequeno terreno como este – que nem está bem aproveitado – pode dar-nos tanto! Como é que podemos simplesmente encher tudo de relva, ou pior, cimento e deixar andar? Oh bem…
Um dia destes faço uma entrada sobre os benefícios de se ter um jardim – o meu ponto de vista.
Fiquem bem!
PS: Podem chamar-me ignorante mas até ao dia de hoje não fazia ideia que as alfaces libertavam tanta seiva esbranquiçada quando acabadas de cortar e arrancar da terra!
Garden of Old 